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Saúde e Bem-estar

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Mel

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Composição e valor nutritivo

O mel é um alimento, geralmente encontrado em estado líquido viscoso e açucarado, que é produzido pelas abelhas a partir do néctar recolhido de flores e processado pelas suas enzimas digestivas, sendo armazenado em favos para consumo posterior. A cor, o sabor e o aroma do mel variam de acordo com sua origem botânica. O mel é um produto natural por excelência. A sua composição química é única e compreende:

  • Glúcidos, cerca de 75%. Destes, 70% são açúcares simples, tais como a glicose e a levulose, diretamente assimiláveis pelo organismo. Os restantes 5% são açúcares compostos, tais como a sacarose e a maltose;

  • Água, cerca de 20%;

  • Proteínas, que contém aminoácidos essenciais (as proteínas constituem as substâncias azotadas da matéria viva);

  • Ácidos orgânicos, tais como: o ácido acético, o ácido cítrico, o ácido forménico (detendo um poder bactericida e tónico), etc.;

  • Sais minerais e oligoelementos, tais como: enxofre, fósforo, sódio, potássio, cálcio, magnésio, ferro, cobre, manganésio, etc.;

  • Vitaminas (todas, exceto a vitamina A);

  • Substâncias diversas, tais como: pólen, substâncias aromáticas, etc..

 

Qualidades preventivas

O mel ajuda no esforço, mantém uma resistência maior à fadiga, tanto física como intelectual, e fornece ao organismo um leque bastante alargado de elementos indispensáveis ao nosso equilíbrio (vitaminas, sais minerais e oligoelementos).

 

Qualidades curativas

Fadiga

O mel, graças às suas propriedades dinamogénicas e tonificantes, pode ajudar-nos a recuperar e a ultrapassar os momentos de fadiga.

Um consumo diário de 50 a 100 gramas de mel pode ajudar a reencontrar o equilíbrio perdido. Durante o tratamento não se deve ingerir qualquer outro tipo de açúcar.

 

Infeções respiratórias

Para as irritações da garganta, recomenda-se normalmente a realização de gargarejos à base de mel. Se estes se revelarem insuficientes, deve-se absorver uma colher de café de mel, 4 a 5 vezes por dia, deixando o mel dissolver-se lentamente na boca.

No caso de tosse crónica, deve-se misturar duas colheres de sopa de glicerina e uma colher de sopa de mel e tomar uma colher de café dessa mistura, a cada ataque de tosse. Para a bronquite e constipações, aconselha-se o seguinte tratamento: levar a ferver, num saquinho, 125 gramas de linhaça. À cozedura juntar o sumo de três limões e cerca de 450 gramas de mel, para fazer um litro de xarope.

Nos casos de sinusite, os especialistas recomendam que se mastigue um pedaço de favo de mel durante 10 ou 15 minutos. Repetir 6 a 7 vezes por dia.

 

Infeções urinárias

O mel tem propriedades calmantes que não devem ser descuradas e é fortemente absorvente - a levulose absorve o excesso de água, aliviando os rins.

O mel é igualmente recomendado nos casos de incontinência noturna das crianças. Dar uma a duas colheres de café de mel, antes de deitar.

 

Irritações dos olhos

Algumas gotas de água, previamente fervida e misturada com o mel, em instilação, possuem um certo poder calmante no globo ocular (uma colher de sopa de mel por cada 25cl de água fervida).

 

Fígado

O mel exerce sobre o fígado uma ação protetora bastante eficaz, conforme verificado em estudos realizados na Universidade de Medicina de Bolonha.

Em caso de insuficiência hepática, recomenda-se o consumo de uma colher de sopa de mel de alecrim, de manhã, de preferência em jejum.

 

Problemas digestivos

São reconhecidas no mel qualidades terapêuticas para determinados problemas de assimilação e para certos casos de insuficiência digestiva. Graças às suas propriedades antissépticas, a sua ação sobre a flora intestinal é notável, especialmente nos bebés.

 

Úlceras

Graças à assimilação direta dos açúcares simples contidos no mel, este é extremamente fácil de digerir. A sua ação sobre as úlceras de estômago permitiu realçar duas propriedades do mel, no que respeita a essa afeção: uma ação analgésica, ou seja calmante da dor; e, por outro lado, uma ação cicatrizante.

Uma úlcera de estômago, descoberta a tempo, tem algumas possibilidades de ser tratada com mel, seja como único agente curativo, seja como auxiliar num tratamento complementar. Nestes casos, as curas de mel têm uma duração que pode variar consoante o grau de doença, mas que exigem no mínimo 15 dias do seguinte tratamento: de manhã, em jejum, tomar 150 gramas de mel, com exclusão de qualquer outro alimento (líquido ou sólido) até à hora do almoço. Este regime deve ser acompanhado da supressão absoluta de carne, especiarias, gorduras cozidas, café, chá, álcool, etc..

Convém lembrar que um conselho médico é evidentemente desejável, pelo menos para verificar se não existe qualquer contra-indicação à absorção massiva de mel, como acontece com as pessoas diabéticas.

 

Insónias

A ação sedativa do mel pode mostrar-se eficaz em casos de insónia. Assim, pode tomar-se uma colher de sopa de mel, antes de deitar, quer "diretamente", quer dissolvida num chá de tília ou de espinheiro-alvar.

 

Cãibras

As cãibras noturnas, que são tão dolorosas, podem ser combatidas eficazmente com a ingestão de mel de acácia (uma colher de sopa antes das três principais refeições diárias).

 

Queimaduras

O mel de alfazema ou lavanda, aplicado sobre as queimaduras ligeiras, tem uma ação calmante e evita a formação de bolhas. Ainda para as queimaduras, pode-se preparar o seguinte unguento: derreter em banho-maria, num recipiente, 30 gramas de mel, 15 gramas de cânfora e um pedacinho de cera pura de abelha. Aumentar as quantidades em caso de necessidade.

 

Gretas

Podem ser tratadas tanto com a aplicação de mel como com a aplicação de uma mistura de mel e azeite. Proceder a várias aplicações durante o dia. Se for necessário, preparar uma mistura de partes iguais de mel de alfazema, resina e cânfora. Depois de homogêneo, este unguento deve ser conservado num local seco. Proceder a aplicações frequentes.

 

Pólen

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Composição e valor nutritivo

A abelha coleta o pólen das flores, o qual adere aos pelos do seu corpo quando em contacto com os estames, escovando-se com os "pentes tibiais" e aglutinando os grãos em "bolotas" ou grânulos, que são transportados nas cortícolas das patas posteriores. Transporta-o depois para a colmeia, onde é depositado nos alvéolos dos favos, sendo comprimido pela cabeça das abelhas operárias até à obtenção de uma massa compacta. A cor, sabor e o aroma do pólen variam de acordo com sua origem botânica.

O pólen é um dos alimentos naturais mais completos que se conhece, apresentando a seguinte composição química:

  • Proteínas, numa quantidade que varia entre os 20 e os 35%;

  • Glícidos, em cerca de 35%;

  • Lípidos, aproximadamente 5%;

  • Vitaminas A, D, E, C e vitaminas do grupo B;

  • Sais minerais e oligoelementos, em cerca de 3%, tais como: cálcio, fósforo, enxofre, manganésio, cobre, ferro, potássio e magnésio;

  • Diversas outras substâncias como, em particular: enzimas, substâncias antibióticas e outros elementos não totalmente conhecidos, mas que a maioria dos investigadores pensa terem uma ação dietética e terapêutica.

 

Qualidades preventivas

A composição do pólen, rico em elementos indispensáveis ao equilíbrio biológico, faz dele um alimento ou um suplemento alimentar de eleição. A presença no pólen dos "fatores ativos" atrás enumerados, leva a maioria dos dietistas e biólogos a considerá-lo um "cocktail de saúde" notável e um excelente "agente preventivo". De notar que, dos 22 aminoácidos conhecidos, 20 estão presentes na composição do pólen e numa concentração tal, que, 100 gramas de pólen equivalem a 500 gramas de carne de vaca ou a 7 ovos. Por outras palavras, para um adulto, 2 colheres de sopa de pólen (aproximadamente 30 gramas) são suficientes para satisfazer a sua necessidade diária de aminoácidos.

Podemos acrescentar que esses 30 gramas também constituem a dose média diária em qualquer cura de pólen.

 

Qualidades curativas

Fadiga física

A riqueza em aminoácidos, vitaminas (especialmente em vitamina B5, ou ácido pantoténico, cuja carência provoca fadiga, problemas de sono, nervosismo, etc.) e sais minerais faz com que o pólen seja recomendado para todas as espécies de fadiga, demasiado vulgares nos dias que correm.

Para lutar eficazmente contra este género de astenia, aconselha-se normalmente a ingestão diária de 30 gramas de pólen: uma colher de sopa antes do pequeno-almoço, repetindo-se a dose antes do jantar. Convém mastigar muito bem o pólen, a fim de garantir uma digestão mais rápida.

Quem não apreciar o gosto do pólen, pode misturá-lo com o mel ou com qualquer outro alimento.

 

Fadiga psíquica

A chamada psicastenia é um tipo de fadiga psíquica, próximo dos estados de depressão ligeira, caraterizada por uma diminuição na capacidade de concentração, uma perda de energia, insónias, etc.. Aliás, estes sintomas aparecem muitas vezes aliados a problemas de ordem somática: dores vertebrais, enxaquecas, etc.. Sem possuir quaisquer poderes milagrosos, o pólen pode constituir um excelente remédio para os estados depressivos, bem como para os casos de fadiga física. Tal como já foi dito, tanto pode ser tomado só, como pode auxiliar outras terapias. Aconselhamos também 30 gramas diários, divididos por duas doses (uma de manhã e outra à tarde).

 

Problemas intestinais

Por um lado, o pólen normaliza o trânsito dos intestinos mais preguiçosos. No entanto, por muito paradoxal que isto possa parecer à primeira vista, o pólen também se mostra eficaz nalguns casos de diarreia. Na realidade, o pólen é um excelente regulador intestinal, além de atuar beneficamente em casos de enterocolites, fazendo desaparecer em pouco tempo os inchaços do abdómen, as fermentações com flatulência e as dores.

 

Geleia Real

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Composição e valor nutritivo

A geleia real é uma substância produzida somente por abelhas jovens durante um breve período das suas vidas (entre os 6 e os 14 dias de vida). Destina-se à alimentação das larvas em desenvolvimento e da rainha. A rainha, que é alimentada durante toda a sua vida com geleia real, terá o dobro do tamanho e o triplo do peso de uma obreira (que vive em média 40 dias, enquanto a rainha pode alcançar os 5 anos de vida e produzir mais de 2.000 ovos por dia).

Esta geleia tem a aparência de uma pasta amarelada, ligeiramente gelatinosa e cujo cheiro caraterístico lembra o do fenol.

Apesar de ainda haver muitos segredos a seu respeito, sabemos pelo menos que a geleia real contém:

  • Água, de 65 a 70%;

  • Glúcidos, cerca de 14%, especialmente açúcares simples (glicose e frutose);

  • Proteínas, cerca de 13%, sobretudo aminoácidos (compostos extremamente importantes que conferem um valor dietético à geleia real);

  • Lípidos (gorduras), cerca de 4%;

  • Vitaminas, sobretudo as vitaminas essenciais do grupo B, enxofre, silício, potássio e fósforo;

  • Sais minerais e oligoelementos, tais como: cálcio, cobre, ferro, enxofre, silício, potássio e fósforo.

 

Qualidades preventivas

A geleia real é um alimento de eleição, capaz de estimular o organismo, graças à sua riqueza em várias substâncias essenciais: aminoácidos, vitaminas do tipo B e oligoelementos.

Este poder estimulante fornece ao nosso organismo uma maior capacidade de resistência, ou seja, permite-lhe utilizar melhor o seu potencial, tanto físico como psíquico. É portanto uma maior defesa contra as lesões e doenças a que estamos sujeitos. Tal como o mel, a geleia real também possui essa qualidade preventiva, pelo que deveria estar na base de todas as nossas escolhas alimentares.

Quanto mais bem conservado estiver o nosso corpo menos riscos corre de sofrer um acidente, um desgaste prematuro, uma rutura ou um mau funcionamento. Sob o ponto de vista dietético, nós somos em grande parte responsáveis pelas nossas escolhas alimentares.

 

Qualidades curativas

A par das qualidades preventivas, a geleia real, tendo em consideração a sua composição e as suas propriedades específicas, possui um certo número de ações curativas. Assim, ela é normalmente indicada para combater os seguintes problemas:

  • Estados de fadiga, depressões ligeiras ou enfraquecimento do estado geral, esgotamentos, impotência ou astenia sexual;

  • Perda de apetite, emagrecimento, ansiedade, anemias, anorexia;

  • Estados depressivos, neurastenia, ansiedade, distúrbios de sono;

  • Atrasos no crescimento.

De notar que os efeitos da geleia real são sensivelmente mais eficazes nas pessoas idosas e nas crianças do que nas pessoas de idade média.

 

Própolis

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Composição e valor nutritivo

O própolis é uma substância resinosa obtida pelas abelhas através da colheita de resinas da flora, que são alteradas pela ação das enzimas contidas em sua saliva. A cor, sabor e o aroma do própolis variam de acordo com sua origem botânica.

Na composição do própolis, tal como na geleia real, existem substâncias ainda hoje não totalmente decifradas. A composição do própolis varia de acordo com a sua origem botânica. No geral, o própolis é composto por:

  • Resina, cerca de 50%;

  • Cera, de 25 a 30%;

  • Pólen, cerca de 5%;

  • Substâncias diversas, cerca de 5%.

 

Qualidades preventivas

As propriedades do própolis têm vindo a ser reconhecidas nas últimas décadas, através de estudos e experiências mais recentes, onde é possível atribuir ao própolis determinado número de propriedades que passamos a enumerar:

  • Antibacterianas;

  • Anestésicas;

  • Cicatrizantes.

 

Qualidades curativas

As propriedades terapêuticas do própolis são reais. As qualidades antibióticas, anti-inflamatórias, cicatrizantes e a ausência de contraindicações de maior fazem da própolis um "remédio" ou um adjuvante terapêutico único para:

  • Infeções de origem buco-dentária: casos de faringites, anginas, etc;

  • Infeções cutâneas: golpes, úlceras, queimaduras (incluindo queimaduras de sol), furúnculos, etc...

 

Veneno de abelha

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O veneno da abelha é um líquido transparente, com um odor de mel acentuado e sabor amargo e acre. A sua densidade é de 1,1313. Na sua composição química inclui-se o ácido fórmico, o ácido clorídrico, o ácido ortofosfórico, a histamina, a colina, o triptófano, o enxofre, etc..

Em grandes quantidades, o veneno da abelha é letal para o homem, mas é também um medicamento muito eficaz na cura de diversos males como, por exemplo: artrite, reumatismo, problemas circulatórios, entre outros.

 

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